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Quem somos e de onde viemos:

Olá! Somos estudantes de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Esse blog é um meio de dar um retorno para a sociedade, contribuindo para o melhor entendimento de uma fase tão peculiar, a velhice. Este é um projeto proposto pela professora, Katie Almondes, visando contribuir através da produção de conhecimento, para a melhoria da qualidade de vida da população idosa, tendo em vista esta crescente demanda social. Queremos ajudar com nosso conhecimento e levar informações e esperança não só para os idosos, mas para todos que passarem por aqui. Conscientizar e promover mudanças! Bem vindo(a) à nossa luta. Você pode entrar em contato conosco através do seguinte e-mail: blogsaude@yahoo.com.br . Obrigado.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Tarefas de desenvolvimento e desafios enfrentados pelo idoso

    Entende-se por tarefas de desenvolvimento aquelas que a pessoa deve cumprir para garantir seu desenvolvimento e seu ajustamento psicológico e social. São tarefas com as quais a pessoa satisfaz “suas necessidades pessoais de evolução e para garantir o próprio desenvolvimento e manutenção de padrões sociais e culturais específicos”
    As tarefas de cada fase influenciam, sendo realizadas, ou não, as tarefas das fases posteriores. Portanto, as tarefas de desenvolvimento dos idosos sofrem uma grande influência das demais fases passadas. Os idosos têm tarefas que diferem das demais idades por seu caráter funcional, por serem mais defensivas e preventivas, mas isso não é razão para se ter uma perspectiva negativa da velhice. As tarefas dos idosos são: ajustar-se ao decréscimo de força física e saúde; ajustar-se à aposentadoria e à redução de renda; ajustar-se à morte do(a) esposo(a); estabelecer filiação a um grupo de pessoas idosas; manter obrigações sociais e cívicas e estabelecer arranjos físicos satisfatórios para viver bem a velhice.
    No caso da tarefa de ajustar-se às perdas biológicas decorrentes do envelhecimento do corpo é importante lembrar que com a idade ocorrem mudanças físicas diversas, como já citamos, perda de força e de resistência, aumento da susceptibilidade às doenças e redução das propriedades de auto-reparo do organismo. As pessoas ficam mais expostas a acidentes, a doenças infecciosas, perdem acuidade dos sentidos e, por vezes, ficam inválidas. É preciso aprender a conviver com essas limitações e agir de modo a torná-las mínimas ou reduzir lhes o ritmo. Esse ajustamento pode se tornar um desafio para os idosos, e se traduzir em demanda psicoterápica.
Com a aposentadoria, na maioria dos casos, o idoso precisa reajustar seus padrões de vida, pois passa a contar com renda menor. Muitos começam um novo emprego ou mesmo um novo trabalho, outros gostariam de fazê-lo, mas já não contam com condições físicas, aceitabilidade no mundo do trabalho ou não se prepararam para tanto. É necessário redimensionar seus gastos em um período em que a necessidade de dinheiro para a saúde tende a crescer. Além disso, com a aposentadoria o idoso passa a ter mais tempo livre, podendo dedicar-se a atividades físicas e de lazer. Isto pode ser de valia para cumprir outra tarefa que é a de associar-se a pessoas de sua própria idade. A falta de preparo para a aposentadoria e o não envolvimento em atividades de lazer pode levar os idosos a comportamentos inadequados e de risco.
    Nessa faixa etária também aumenta a probabilidade da perda do esposo(a), requerendo arranjos físicos, mudanças no estilo de vida e um controle emocional diferenciado. As atividades cívicas, sociais e de lazer podem ser de grande ajuda nos ajustamentos emocionais necessários. Pelo já explicitado, a perda do par pode trazer associadas ao aspecto afetivo outras dificuldades. Por exemplo, passar a viver só é possível quando há condições físicas e psicológicas para isso. Entretanto, sem condições de continuar só em seu lar, a pessoa pode ter de ir morar com algum parente, o que implica a perda de seu espaço e a integração de outro meio de convivência. Em alguns casos, o idoso poderá necessitar ir viver em algum tipo de abrigo. A manutenção da atenção e o envolvimento em outras tarefas podem ser de grande valia para evitar depressão e solidão.
    A tarefa de estabelecer e manter-se filiado a grupos de idosos das mais diversas naturezas garante ao idoso boas condições de saúde psicossocial. Entre esses grupos estão os religiosos, os cívicos, os políticos, os de turismo, os de ginástica e os de lazer. Clubes, universidades, sindicatos e outras entidades têm se dedicado a esse aspecto. É preciso educar-se para isto e orientar os idosos nessa busca de acordo com suas características pessoais e motivação.

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